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Indaiatuba

Mais de sete mil mulheres foram atendidas em 1 ano do Programa de Rastreamento do DNA do HPV

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Foto: Giuliano Miranda RIC/PMI

O Programa Indaiatubano de Rastreamento do Câncer de Colo de Útero com teste de HPV completou um ano de implantação e para comemorar o marco da parceria firmada entre a Prefeitura de Indaiatuba, a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Roche Diagnóstica, foi preparado um café da manhã para as equipes de trabalho das Unidades de Saúde. O evento ocorreu na sexta-feira (26) no Museu da Água, e na ocasião foram apresentados os dados referentes ao período. O exame permite que Indaiatuba seja pioneira no país na detecção do vírus HPV, causador desse tipo de câncer, antes mesmo que a mulher desenvolva a doença.

A idade indicada para o procedimento é entre 25 e 64 anos, e a população alvo do rastreio de Indaiatuba é de 55.843 mulheres. Até setembro de 2018 foram feitos 7.341 exames, sendo que a meta foi estabelecida em 5 mil. Desse montante, 88% retornaram com resultado negativo; 2,5% afirmou positivo para HPV16+; 0,9% para HPV18+; 9,6% positivo para OT-12HPV; 3,3% positivo para HPV16/18 e 4,7% foram encaminhados para Colposcopia.

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No evento esteve presente o vice-prefeito e médico, Dr. Tulio; a secretária de Saúde, Graziela Garcia; o médico ginecologista e pesquisador da Unicamp, Dr. Júlio César Teixeira; o diretor médico da Roche Diagnóstica, Micha Nussbaum, e a presidente da América Latina da Roche Diagnóstica, Adriana Rubio.

“Quero aproveitar a oportunidade para agradecer toda equipe de trabalho da Roche e da Unicamp e também nossa equipe da Saúde da Mulher. Todos se empenharam muito para oferecer à população esse exame de extrema importância e no qual somos a primeira cidade do Brasil a executar. O teste de DNA do HPV é completo e aqui em Indaiatuba substitui o Papanicolau”, comenta a secretária de Saúde, Graziela Garcia.

“Indaiatuba deu um passo à frente na prevenção do câncer do colo de útero e estamos caminhando para zerar a mortalidade das mulheres vítimas dessa doença. Conseguimos um grande feito com a campanha de vacinação contra o HPV com uma ação inédita nas escolas municipais, pois todas essas ações visam a prevenção desse câncer e, automaticamente, uma qualidade de vida melhor para nossa população”, diz Dr. Tulio.

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De acordo com o médico Dr. Júlio Teixeira, que é diretor da Oncologia do Hospital da Mulher (Caism-Unicamp) o câncer do colo de útero é 100% tratável se identificado em fase inicial, no entanto a mortalidade por esse tipo de câncer ainda é alta. No Brasil há uma morte a cada 90 minutos em mulheres na faixa dos 45 anos (6.500 mortes em 2018). “No SUS há diretrizes atualizadas com citologias anuais pagas que cobrem 80% da demanda, no entanto, a real cobertura de exames de Papanicolau cobre 30% das mulheres com indicação para o exame. É evidente que precisa de uma mudança para diminuir a mortalidade”, explica e continua. “Dessa forma elencamos os pré-requisitos para mudar esse cenário, que são: organizar o rastreio; registro populacional; evitar os excessos de testes; mudança de comportamento e atingir a cobertura real de mais de 80%. Dentro disso, era preciso encontrar uma cidade com maior registro de cartão SUS; melhor desenvolvimento da rede básica; sistema de informação implantado e registro da população e, assim, que encontramos Indaiatuba”, conta Dr. Teixeira.

O estudo é coordenado pelos médicos ginecologistas e pesquisadores da Unicamp, Dr. Luiz Carlos Zeferino e Dr. Júlio César Teixeira. Eles elaboraram o projeto há alguns anos e encontraram na Roche Diagnóstica um apoiador que permitiu a implantação da ação. A empresa disponibilizou equipamentos automatizados, insumos e recursos para aprimorar o sistema de rastreamento e possibilitar a avaliação da viabilidade econômica da implementação deste tipo de rastreio no Sistema Único de Saúde.

Ao detectar o vírus antes que ele comece a causar lesões no órgão, o exame possibilitará uma importante redução nos casos de câncer de colo de útero e, desta forma, Indaiatuba se tornará uma referência para todo o Brasil, inclusive para o Ministério da Saúde, que futuramente pode adotar o procedimento na rede de atenção à Saúde da Mulher em todo o país.

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A presidente da América Latina da Roche Diagnóstica, Adriana Rubio, ao final do evento prestou homenagem ao município e entregou uma placa à enfermeira e coordenadora da Saúde da Mulher, Carla Faria, com os dizeres: “A Roche Diagnóstica do Brasil reconhece Indaiatuba como a primeira cidade a implementar soluções inovadoras em educação, vacinação e rastreamento com o teste de HPV, contribuindo para o atingimento das metas de redução do câncer de colo de útero na população”, a mesma também foi entregue à Unicamp.

VACINAÇÃO CONTRA HPV

A ação faz parte integrante do Preventivo (Programa Indaiatubano de Rastreamento do Câncer de Colo de Útero com teste de HPV), implantado por meio da parceria entre as secretarias municipais de Saúde e Educação e a Universidade de Campinas (Unicamp). O objetivo foi vacinar meninos e meninas da faixa etária entre 9 e 10 anos. A intensificação foi feita na saída das aulas das escolas municipais, organizada pelas unidades de Saúde. A cobertura vacinal para essa faixa etária atingiu 81%.

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