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Habitação homenageia mulheres com palestra sobre valorização

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A Secretaria de Habitação (Sehab) e a Companhia Popular de Habitação de Campinas (Cohab-Campinas) promoveram na manhã desta quinta-feira, 15 de março, uma palestra com Teresa Parnes, Comandante da Azul Linhas Aéreas.

 

 

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Com o tema “Todas e todos podem ser o que querem ser”, o intuito do evento foi promover a participação das mulheres nas mais distintas dimensões da vida profissional e social, além de homenagear algumas mulheres que são destaque em suas áreas de trabalho e parceiras de extrema importância no desenvolvimento dos trabalhos e ações sociais da Sehab e da Cohab-Campinas.

 

 

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“Nós entendemos que a habitação não é apenas colocar as pessoas dentro de uma unidade habitacional, é também cuidar dessas pessoas. Muitas vezes encontramos famílias em situação de vulnerabilidade social extrema, sofrendo com fome, com depressão, com desalento. Fazemos questão de tomar uma atitude em relação a esses casos e as homenageadas aqui presentes sempre nos ajudam a solucioná-los”, ponderou Andrea de Deus, Assessora Especial de Gabinete da Sehab/Cohab Campinas.

 

 

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Vinícius Issa Lima Rivete, Diretor da Sehab ressaltou que a maior parte dos funcionários da Cohab e da Sehab são mulheres e quão importante o trabalho e a participação delas têm sido para a Habitação na cidade.

 

 

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Durante a palestra, a Comandante Teresa Parnes contou um pouco da sua trajetória, em um segmento – a aviação civil comercial – que no Brasil tem apenas 2% de representação feminina. Ela lembrou vários momentos da carreira, que logo no início da sua formação já foi marcante, pois era a única mulher em quatro turmas de 60 alunos quando se formou em aviação civil. “É importante saber conciliar a vida pessoal e profissional, é preciso planejamento e organização para não deixar a família de lado e poder aproveitar os dias de folga com eles. Hoje eu vejo que isso não seria possível se eu não tivesse uma estrutura, um marido que me apoia, meus pais presentes na minha vida. Eu olho para trás e penso que bom que eu não desisti, pois estou colhendo os frutos da minha persistência e dedicação”, ponderou Teresa.

 

 

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Ocupando sempre cargos de liderança, Alexandra Caprioli, Diretora de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo agradece por ter sido criada por uma mãe de personalidade forte, que a fez acreditar que ela não era inferior em nada aos homens. “No poder público, nós temos a sorte do salário ser atrelado ao cargo e não ao gênero, mas nós sabemos que no mercado, as mulheres ganham até 40% menos que os homens, porém fazemos a função com a mesma competência. Nós não queremos ocupar o lugar dos homens, nós queremos ter o nosso lugar, queremos ser remuneradas adequadamente. Acredito que o maior desafio da mulher no mercado de trabalho seja ser consolidada com a mesma competência que os homens”, afirmou Alexandra.

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Já em relação à saúde da mulher, a ginecologista, obstetra e assessora técnica do Setor Judicial de Ações em Saúde, Celina de Paula Azevedo Sollero afirma que as políticas públicas são abrangentes em termos de amparo ao usuário, mas a questão de falta de repasse de verbas de uma maneira geral, tem atrapalhado o desenvolvimento de maiores. Ana Maria Arruda Camargo, Assistente Social do Hospital de Clínicas da Unicamp e Supervisora do Programa de Aprimoramento: Serviço Social, Saúde e Envelhecimento da Unicamp aponta que a expectativa de vida das mulheres hoje no Brasil, é maior que a dos homens, porém, eles são mais cuidados. “A mulher idosa geralmente assume vários papéis, não só no cuidado do seu companheiro, mas de netos, às vezes de filhos de retornam à casa, além de enfrentar as dificuldades em relação ao envelhecimento, como as doenças degenerativas. Apesar de existirem leis protetivas como o estatuto do idoso e políticas públicas de saúde, elas precisam ser efetivas, é preciso ter um papel maior do estado nesse aspecto”, aponta a assistente social.

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Responsável por zerar as filas de espera por diagnósticos de câncer de mama na cidade através do Comitê de Câncer de Mama, a Primeira Dama de Campinas, Sandra Ciocci, adianta que para esse ano a campanha será um pouco diferente, buscando mulheres que nunca fizeram nenhum tipo de exame. “Nós vamos levar as palestras para lugares que tenham concentrações de mulheres, como o Ceprocamp, em locais de formadoras de opinião, estudantes da guardinha, do patrulheiros, porque elas chegam em casa e questionam as mães e as avós em relação aos exames. A prevenção é sempre o melhor caminho, pois quanto mais cedo detectado, maiores são as chances de cura.”, aponta Sandra. Ela também lembra que após o diagnóstico é feito o encaminhamento para o tratamento. “É um momento delicado, é quando a mulher mais precisa de apoio e amparo”.

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Liliana Cristina Mussi é vice-presidente da OSCIP Terra das Andorinhas e atua com trabalhos voltados a testes de HIV/AIDS em todo município de Campinas. Ela aponta que o cenário dos portadores da doença apresentou uma mudança muito grande nos últimos dois anos. Antes a população com maior incidência do vírus tinha entre 20 a 40 anos e hoje, os jovens com idade entre 15 a 29 anos são os mais acometidos. “É uma população com uma incidência de uso de preservativo muito pequena, os jovens não tem muito essa preocupação, eles acham que nada vai acontecer com eles. Isso preocupa bastante tanto a Secretaria de Saúde quando as instituições que trabalham com essas populações”. De acordo com Liliana, a maior dificuldade é trazer uma mensagem que seja de fato efetiva a esses jovens, pois eles têm acesso à informação, porém não fazem uso dela.

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Fábia Bigarani, advogada e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Campinas, aponta que existem comissões específicas da OAB com trabalhos específicos para atendimento a população na cidade. Ela também coloca que a maior dificuldade nos casos de abuso e violência é a formalização dos casos. “Nós estamos tentando campanhas para conscientizar que as mulheres devem ir atrás desses direitos delas sim, e não devem se esconder, pois se elas não formalizarem essas denúncias, eu não posso fazer nada, enviar um ofício, pedir uma medida”. Para Fábia, o que falta hoje, para que as mulheres se sintam realmente protegidas em situação de violência, e a efetivação da Lei Maria da Penha.

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Antes da existência da Lei Maria da Penha, a ex-Delegada de Polícia e Assessora Técnica da Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Teresinha de Carvalho, já trabalhava a favor do combate à violência doméstica contra meninas e mulheres. Ela lembra que antes da existência da Lei Maria da Penha, não havia medidas protetivas, o homem não podia ser afastado do lar e não havia a possibilidade de buscar os pertences da mulher sem ordem judicial. “Ainda existem lacunas, uma delas é a prisão efetiva dos homens que descumprem as medidas protetivas, para que as mulheres se sintam seguras em um primeiro momento. Outro problema é a ausência da tipificação da ausência psicológica. Ela não está no mundo jurídico, não existe no código penal um artigo de lei que trate sobre isso, mas é ela que antecede a violência física e deixa marcas até mais profundas, causando doenças como síndrome do pânico e depressão”. Já para que haja um atendimento eficiente, Teresinha acredita que existem outras necessidades a serem supridas, como acolhimento com psicólogas, assistentes sociais e advogadas, questões que uma delegada não está preparada para atender.

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“Quando a mulher vai à polícia, não tem mais volta, mas se antes de ir ela tem orientação de uma psicóloga, de uma assistente social e de uma advogada, ela está estruturada. É importante que esses órgãos que dão esse tipo de apoio, funcionem”, completa. Ela também acredita que as mulheres devem parar de lutar umas contras as outras. “O mal do século não é lutar pelos nossos direitos, porque isso já estamos fazendo, é preciso nos unirmos nessa luta, termos mais sonoridade entre as mulheres”, finaliza Teresinha.

 

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