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Folias de Reis de Campinas recebem título de Patrimônio Imaterial

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Com versos, cantorias, instrumentos, fitas coloridas e estandartes em punho, os grupos de Folias de Reis têm bons motivos para comemorar. O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) aprovou nesta quinta-feira, 25 de outubro, por unanimidade, o Registro desta manifestação popular como Patrimônio Imaterial da cidade.

 

 

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A decisão levou em consideração a importância que as bandeiras  representam para a cultura e foi tomada pelos conselheiros após o minucioso parecer técnico da especialista cultural da Secretaria de Cultura e pesquisadora, Marcela Bonetti. 

 

 

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Segundo ela, “a partir da aprovação, será elaborado um plano de salvaguarda, que significa um conjunto sistematizado das ações para a preservação do bem”, adianta, lembrando que a “preservação não é apenas do poder público, mas de toda a sociedade em geral, como preconiza o Artigo 216 da Constituição Federal”.

 

 

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Manifestação cultural brasileira secular, a Folia de Reis, que recria a peregrinação dos três Reis Magos em visita ao menino Jesus, é representada por seis companhias em Campinas desde os anos 1960: Grupo Folclórico Campinense (Campos Elíseos), Companhia Estrela Guia (Jardim Yeda), Voz do Oriente (Padre Anchieta), São José Operário (DIC, Ouro Verde), Ases do Brasil (Vila Brandina) e Mensageiros do Oriente (que iniciou seus trabalhos neste ano).

 

 

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Marcela Bonetti pesquisou a procedência das companhias que têm sua origem rural a partir dos processos migratórios da cidade, e suas relações são marcadas pelas sociabilidade, e não apenas pela agricultura, como nas Folias de Reis de Caixa que ocorrem em sítios e fazendas. “Em Campinas adaptaram-se ao meio urbano, nas periferias, e em função dos seus trabalhos, só dispõem de tempo para seus roteiros aos fins de semana, por isso os giros vão de novembro ao fim de janeiro.”

 

 

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Nas companhias de Campinas, os ritmos encontrados são um misto de toada mineira, toada paulista e toada baiana, com predominância de uma ou outra, conforme a origem do embaixador. 

 

 

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Para realizar o estudo que subsidia o Registro, a Secretaria da Cultura acompanhou passo a passo os encontros de bandeiras desde o fim de 2017, com registros de “fôlego” capturados por Marcela e pelo fotógrafo Edis Cruz. “Em 2018 iniciamos a pesquisa de campo em que houve uma imersão, de fato, na temática com a forte presença na comunidade, participando das festas, filmando, levantando demandas e realizando entrevistas com foliões e devotos presentes nas festas de chegada e encontro de bandeiras”, afirmou Ney Carrasco.

 

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Durante o encontro, após a aprovação, os conselheiros foram surpreendidos pelos foliões com seu lirismo e maestria.

 

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O encontro de bandeiras continuou no Paço Municipal  na hora do almoço, com mais cantoria das companhias Ases do Brasil, São José Operário e a presença dos mestres Ceará, da Voz do Oriente, e “seo” Joaquim, do Grupo Folclórico Campinense. O espaço reúne uma breve exposição que revisita a história da Folia de Reis.

 

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E o dia chuvoso, se iluminou. “A bandeira se despede/mas não deixa desengano/se despede prometendo/de voltar num outro ano.”

 

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