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Feverestival: montagem argentina tem duas sessões na Sala dos Toninhos

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Capitalismo, patriarcado e o papel das mulheres na construção histórica da sociedade atual são alguns dos temas que permeiam a “aula cênica” que a atriz argentina Andrea Ojeda, da Periplo Compañía Teatral, apresentará com o espetáculo “Autópsia Lírica de Creso”, no 16º Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas.

 

A montagem terá duas sessões na Sala dos Toninhos, nesta terça-feira, 5 de julho, e quarta, 6 de julho, ambas às 20h30, com contribuição voluntária no chapéu. Haverá tradução simultânea com legendas adaptadas especialmente para o público brasileiro nos dois dias.

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Vini Silveira, membro do Núcleo Feverestival, conta que a escolha por uma apresentação argentina como atração internacional deste ano conversa diretamente com o tema da 16ª edição: “Cultivar convívios”. Ao mesmo passo em que Brasil e Argentina compartilham uma identidade latinoamericana que assim os caracteriza, há também uma pluralidade cultural, ética e poética que enaltece a beleza desta tão vasta diversidade.

 

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Segundo ele, com este movimento realizado pelo Feverestival em todas as suas edições – de trazer para Campinas e região a possibilidade de acesso a espetáculos internacionais –, o Festival evidencia a necessidade do público sobre o encontro com outras culturas. “Isso é algo que proporciona à população uma vivência com outras formas de pensar, de ser e existir. Isso é muito potente”.

 

O espetáculo “Autopsia Lírica de Creso” será apresentado nos dois dias em espanhol, mas o Feverestival se movimentou para que a língua não fosse uma barreira. “Vamos ter no espetáculo legendas, que foram criadas especialmente para o público brasileiro, de modo que o texto foi adaptado pensando na melhor recepção da obra por nós, sem perder a qualidade da peça”.

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A obra

 

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A montagem solo da argentina Andrea Ojeda é uma aula cênica em que o público poderá acompanhar, de forma bem-humorada, a história da construção do capitalismo, sua relação com o patriarcado e com os espaços que a mulher ocupava ou deixava de ocupar durante a construção da sociedade.

 

Na obra, inspirada no ensaio “Autópsia de Creso”, do autor argentino Leopoldo Marechal, a protagonista se dispõe a executar uma ‘biopsia in extremis’ do homenzinho econômico, a magnitude e natureza de sua nada nobre figura e de suas consequências desastrosas. Ela nos conta criticamente uma história de homens e questiona: Como chegou ao poder o homem econômico? Como ele o fez? Como construiu seu reinado?

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Nesta história de homens, as mulheres aparecem insistentemente. Nesta ‘patriarcal fábrica de desastres’, pulsa desesperadamente a pergunta: qual seria o movimento de reação ou repulsão, operado não somente no espaço físico, mas no tempo histórico, que poderia nos levar a um novo ponto de equilíbrio?

 

Mesmo que o tema da apresentação seja pauta de discussões aprofundadas, a atriz Andrea Ojeda garante que o humor será uma das ferramentas fundamentais para que o diálogo com o público flua. “O espetáculo propõe um olhar crítico e convida a pensar sobre a realidade que nos oprime e a perceber como somos engrenagens dessa realidade que nos tira a liberdade”, relata a atriz.

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Primeira vez em Campinas

 

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Esta é a primeira vez que Andrea Ojeda se apresenta em Campinas e a expectativa é alta, cheia de alegria pelo encontro e intercâmbio entre público e criadores. 

 

“Nós (Periplo) já participamos de espetáculos e seminários por São Paulo e outras cidades do Brasil. Campinas é nossa primeira vez. Estaremos com os sentidos bem abertos para absorver e enriquecer nosso repertório com esta diversidade de olhares e produções de colegas”, conta a atriz.

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Andrea relata que na Argentina, durante o período mais crítico da pandemia causada pela covid-19, muitos teatros independentes não resistiram e tiveram que fechar. Grupos independentes não conseguiram sustentar suas economias e ou se voltaram para outros trabalhos internos, ou encontraram novas formas de produção. “Nestes momentos de crise, percebo que existem perguntas que sempre voltam: que papel tem o artista nos tempos atuais? Qual pode ser sua incidência nesta realidade em tempos tão duros que estamos vivendo?”, aponta.

 

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Serviço 

 

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AUTÓPSIA LÍRICA DE CRESO

 

ANDREA OJEDA (PERIPLO COMPAÑÍA TEATRAL)

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Buenos Aires/Argentina | Espetáculo Adulto

 

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Datas: 5 (terça) e 6/7 (quarta-feira)

 

Horário: 20h30 | Local: Sala dos Toninhos

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Endereço: Av. Francisco Teodoro, 1050, Vila Industrial (atrás da Estação Cultura)

 

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Duração: 1h | Classificação etária: Livre | Ingressos: Contribuição voluntária no chapéu

 

 

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Serviço

 

16º FEVERESTIVAL

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Quando: 3 a 10 de julho de 2022

 

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Onde: Campinas/SP

 

Programação completa disponível em http://feverestival.com.br

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Redes sociais: @feverestival (Instagram) e /feverestival.campinas (Facebook)

 

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O Núcleo Feverestival é composto por Bruna Schroeder, Cauê Moreira, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Lucas Michelani e Vini Silveira. 

 

A 16ª edição é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa; produção da Território Produções Culturais e Núcleo Feverestival; correalização da Universidade Estadual de Campinas, Cocen (Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa), Lume Teatro (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp) e Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campinas.

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