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Escolas da região Norte se reúnem para enriquecer a Educação Infantil

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As escolas municipais da região Norte se reuniram ao longo da última terça-feira, 28 de agosto, na Faculdade Anhanguera, Unidade Taquaral, para o terceiro encontro do Seminário Curricular da Educação Infantil. Com o tema “Pensamentos e Fazeres Cotidianos com a Infância”, o objetivo da reunião foi compartilhar entre os profissionais os conhecimentos e as experiências de cada um, para contribuir com a melhora da Educação Infantil.
Entre as 8h e 17h, os colaboradores de CEIs (Centros de Educação Infantil) se reuniram em salas de aula e dividiram suas vivências e práticas em projetos desenvolvidos dentro de cada escola. Ao fim de cada apresentação, os profissionais debatiam e esclareciam dúvidas.
Luciane Palma, coordenadora pedagógica do NAED (Núcleo de Ação Educativa Descentralizada) Norte, disse que a demanda por um evento como esse veio dos próprios funcionários da rede, que pediam um espaço para discutir como melhorar suas iniciativas. “As pessoas não saem daqui da mesma forma que entraram”, disse.
As vivências
Nesta etapa do Seminário – que já foi realizado nos Naeds Sul e Leste – foram apresentadas 60 vivências diferentes, que deveriam fazer parte de pelo menos um dos seguintes eixos temáticos: práticas de gestão democrática, ações educacionais em movimento, inclusão de diversidade no cotidiano ou leitura e escrita em suas experiências cotidianas. A coordenadora pedagógica Lígia Prando destaca que os eixos se relacionam e que muitas experiências se enquadram em mais de um deles.
Uma das apresentações foi feita pela equipe da CEI Adão Emiliano, na Vila San Martin. Há quatro anos a escola iniciou o projeto, que busca ensinar os estudantes a cuidar da saúde por meio da criação de hortas. Os estudantes usam o que é colhido durante as aulas e fazem receitas com estes alimentos.
Como a escola não possui área verde interna, foram feitas hortas em garrafas pet ou em pneus. Os estudantes ajudam em todo o processo, não apenas plantando, mas também cuidando e regando, e nas escolhas de vegetais e receitas. No último ano, a plantação rendeu acerola, alfaces, cenoura, hortelã, morango, pitanga e rúcula.
A professora Solange de Melo disse que é possível notar como as crianças têm se alimentado melhor, apreciado as refeições, além de agregar outros aprendizados que não eram esperados, mas foram obtidos. “O plantio ensina muitas outras coisas, o processo, paciência, saúde e degustação, por exemplo”, falou.
Durante a tarde, os professores Adriano Longhi e Beatriz Leite, da CEI Agostinho Páttaro, no distrito de Barão Geraldo, compartilharam a experiência da criação de salas-ateliê, que começou a ser pensada pela escola em 2015, a partir do interesse que os alunos tinham por atividades diferentes e mais lúdicas.
O projeto envolve 12 professores, além dos alunos que, em determinados momentos do dia, podem escolher em quais salas querem passar a próxima hora. Um diferencial do projeto é a interação entre crianças de diferentes turmas e idades. Brinquedos, histórias, fantoches, brincadeiras, desenhos, construção com sucatas, reciclagem, recorte e colagem, escrita e jogos são algumas das opções de atividades que fazem parte da rotina da escola.
Para a professora Beatriz Leite, os ateliês despertam o interesse, fazem com que os alunos tenham menos desentendimentos e ainda ensinam conteúdos que vão além das atividades em si. A liberdade de escolher é um dos pontos fundamentais da iniciativa. “A gente quer um mundo onde as pessoas tenham mais autonomia”, disse.

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