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Dário discute ajuda federal para transporte coletivo em reunião da FNP

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O prefeito de Campinas, Dário Saadi, defendeu nesta quinta-feira, 24 de março, em reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), realizada em Curitiba (PR), a aprovação do projeto de lei 4.392/2021, que destina R$ 5 bilhões da União, de forma emergencial, para financiar a gratuidade de idosos no transporte público em todo o País. O projeto foi aprovado no Senado Federal e o requerimento para que seja apreciado com urgência na Câmara dos Deputados também já foi acatado. Desta forma, o projeto tramitará de forma mais rápida, com expectativa de ser votado em abril. 

 

“Com muita luta e esforço, estamos fazendo a nossa parte, para não penalizar a população que depende do ônibus. Mas precisamos da ajuda do Governo Federal, para que seja sensível com esse tema tão importante, que é o transporte público”, enfatizou o prefeito Dário Saadi. Ele lembrou também da alta nos preços do diesel e de outros itens do transporte público e de quanto isso vem impactando nos custos do sistema. 

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Caso seja aprovado na íntegra e sancionado pelo Governo Federal, o projeto prevê o financiamento, por três anos, da gratuidade oferecida aos idosos, a partir de 65 anos. A gratuidade é prevista no Artigo 39 da Lei Federal nº 10.741/03; e Artigo 230, Parágrafo 2º, da Constituição. O valor de R$ 5 bilhões será distribuído entre os municípios da União. 

 

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Como exemplo do impacto do aporte financeiro no sistema de transporte público coletivo de Campinas, em fevereiro de 2022 foram transportados 506.925 idosos (com passagem pela catraca utilizando o Bilhete Único Idoso). Considerando o preço da tarifa de R$ 5,15, o custo para o sistema é da ordem de R$ 2.610.664,00. Em um ano, o valor ultrapassa a soma de R$ 31,2 milhões. 

 

“Esse aporte financeiro, vindo do Governo Federal, será essencial para dar continuidade na operação regular do transporte público. Vários fatores têm interferido e aumentado, significativamente, os custos da operação. Tivemos uma queda na demanda de passageiros, iniciada em 2020, por conta da covid-19, além de outros fatores. E, recentemente, uma alta expressiva no preço do óleo diesel. Todo esse contexto provoca um desequilíbrio econômico-financeiro no sistema. O aporte auxilia na continuidade do trabalho constante, na busca da melhoria da operação, tornando-a mais acessível e humana”, avalia o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Vinicius Riverete. 

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Alta do diesel 

 

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No último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), os valores do diesel estavam entre R$ 5,299 e R$ 5,587 o litro. Ou seja, entre 3,98% e 4,95% maiores que o valor utilizado no estudo tarifário do novo valor da passagem, que teve reajuste no início de janeiro. Considerando o aumento de 24,9% no combustível, temos o patamar entre R$ 6,618 e R$ 6,978 o valor do litro. 

 

Transportando isso para o estudo tarifário, o custo mensal do sistema de transporte de Campinas, que estava em R$ 39.846.736,19, passará para R$ 43.943.057,19. Ou seja, um aumento de 10,28% (R$ 4.196.321,00). 

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Subsídio 

 

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Importante destacar que a Administração Municipal realiza um repasse mensal, na ordem de R$ 10,2 milhões, como forma de subsídio, para manter o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte público, justamente para não onerar, ainda mais, o valor da tarifa. O último reajuste ocorreu em janeiro (dia 3) deste ano. 

 

Também é fundamental destacar que o reajuste foi concebido depois de dois anos e meio de valores congelados, uma vez que a recomposição anterior foi em julho de 2019. Além disso, o reajuste médio da tarifa foi da ordem de 13,16%; índice abaixo da inflação medida no período, que representou 16,52%, no acumulado de julho de 2019 a novembro de 2021.

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