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Chamada pública convida grupos e entidades para Semana do Brincar
A Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (SMASDH), realizará, entre os dias 19 e 27 de maio, a Semana do Brincar “A paz em língua de brincar”, com o objetivo de refletir e debater o brincar e sua importância no desenvolvimento da primeira infância. Além das atividades realizadas pelo poder público, em todas as regiões da cidade, a SMASDH convoca organizações públicas e privadas, entidades, grupos e pessoas que atuam na proteção à infância e construção da paz a se juntarem ao evento. A chamada pública para cadastro de atividades foi publicada nesta quinta-feira, dia 29, no Diário Oficial de Campinas.
A Semana dá continuidade às ações do Movimento #Campinas pela paz e tem o intuito de reconhecer o direito de brincar e seu papel na construção de uma cultura de paz, pelo resgate dos laços comunitários forjados no respeito e tolerância, e fortalecimento dos vínculos. O projeto também objetiva criar “pontos de brincar” e “territórios do brincar” distribuídos pela cidade.
Para a Secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Eliane Jocelaine Pereira, a aliança por um mundo pacífico, sustentável e eminentemente fraterno deve priorizar o olhar inclusivo para a criança e seu importante lugar no mundo, e a valorização da convivência familiar e comunitárias. “Um mundo pleno de direitos deve incluir o de brincar, de forma a promover o desenvolvimento de pessoas capazes de construir uma sociedade fundada na cultura de paz e no respeito às diferenças”, afirmou.
Chamada pública para cadastro de atividades
As organizações públicas e privadas, entidades da sociedade civil, grupos e pessoas que participarem vão realizar atividades voltadas para o tema, tendo como diretriz, além de atividades que promovam a educação para a paz e o respeito aos direitos humanos, a garantia da acessibilidade e a inclusão de crianças e adultos, com e sem deficiência e mobilidade reduzida.
As atividades a serem organizadas devem estar referenciadas na chamada pública para cadastro de atividades, divulgada no Diário Oficial do Município, do dia 29 de março de 2018, página 17, e inscritas, até o dia 20 de abril de 2018, por meio do Formulário de Inscrição que está disponível no link: https://formularios.campinas.sp.gov.br/index.php/623323?newtest=Y&lang=pt-BR.
Gratuitas, as ações vão possibilitar a união de pessoas de idades e culturas diferentes pelo brincar de todas as formas: brincadeiras e momentos com brinquedos diferenciados; jogos de tabuleiros e jogos ao ar livre; brincadeiras tradicionais; exposições, palestras, seminários, cursos; feira de troca de brinquedos; oficinas de construção de brinquedos; ações em redes sociais; ocupações de espaços públicos, instituições, ruas.
Também haverá seminários, palestras e oficinas, sobretudo em parceria com universidades aderentes ao Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos. Espaços públicos como praças e largos centrais, parques e bosques de toda a cidade, auditórios e outros serão usados para exposições, feiras e atividades de brincar.
Semana do Brincar
Segundo a secretária Eliane Jocelaine, o brincar é condição principal para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança. A partir dele, ocorre a descoberta do mundo, o reconhecimento e o relacionamento com o outro e com a diversidade. “Brincar é um aprendizado de negociação e convivência diante das regras e frustrações, troca de saberes, criação de vínculos, fonte de prazer”, diz.
Desdobramento do movimento #Campinas pela paz, desenvolvido pela secretária na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o programa A paz em língua de brincar envolverá outras ações, além da Semana, com lançamento oficial em maio.
A Semana também terá a participação do Comitê Intersetorial do Plano “Primeira Infância Campineira” (PIC) que tem o objetivo de qualificar o atendimento de crianças de zero a seis anos de idade. O PIC passará a compor algumas das ações do programa, prestando subsídios técnicos. A coordenadora do Plano, Jane Valente, destaca que a Semana será incluída no plano, que prepara ações para os próximos dez anos, com a junção do poder público e da sociedade civil. “Na primeira infância, o lúdico, a fantasia e o sonho auxiliam na formação da criança, em um momento em que a arquitetura do cérebro está em desenvolvimento”, afirma.
De acordo com Jane, o desenvolvimento é sistêmico e esse conjunto seguro que começa com o adulto de referência, passa pelo brinquedo e brincadeiras adequadas e um meio ambiente favorável é que oferece as condições para um desenvolvimento sadio. “Quando o adulto coloca a criança num balanço para que ela brinque, a criança sabe que vai e volta. Da mesma forma, quando ela tem coragem de subir em um escorregador e descer, ela adquire confiança, e consegue galgar aspectos cognitivos que vão ajudá-la em seu desenvolvimento físico e amadurecimento”.
Criado em 1996, na Suíça, o movimento pelo brincar teve a data de 28 de maio reconhecida pela Unesco, se espalhou pelo mundo e foi ampliado para Semana Mundial do Brincar, desde 2009. Sua proposta é incentivar eventos que resgatem a importância do brincar por meio de brincadeiras de rua e atividades em praças, parques, escolas, hospitais e associações.
A ONU, desde 2013, no Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança (CDC), garante que a criança tem o direito “ao descanso e ao lazer, a participar de atividades de jogo e recreação apropriadas à sua idade e a participar livremente da vida cultural e das artes”.
