Campinas recebe campanha de conscientização sobre esclerose
Uma parceria entre a Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (SMEL), a Philips Foundation e o Instituto Paulo Gontijo (IPG) promove, entre os dias 27 e 30 de março, ação de conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), enfermidade que acomete, atualmente, 12 mil pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Com o tema “Vamos! Vivendo com ELA”, a atividade acontece nos dias 27, 28 e 29 de março, das 10h às 16h, em frente à Catedral Metropolitana. Nova edição está marcada para o dia 30, das 8h às 13h, Parque Portugal (Lagoa do Taquaral).
Para o Secretário de Esportes e Lazer, Dário Saadi, trata-se de uma importante ação de conscientização sobre a patologia. Ele enfatizou a relevância de Campinas receber a iniciativa, já que “chama a atenção para a doença, desconhecida pela maioria da população”.
Campinas está entre as quatro cidades do Estado de São Paulo selecionadas para receber o evento, que tem como objetivo unir esforços para levar informação à população e a especialistas sobre a ELA. Segundo os organizadores, a previsão é que a campanha impacte dez mil pessoas diretamente e cerca de 1 milhão de brasileiros indiretamente.
Em Campinas, a ação contará com uma van personalizada e terá atividades interativas realizadas por profissionais de diversas áreas da saúde, que estarão à disposição da população para prestar esclarecimentos sobre a enfermidade. Haverá palestras clínicas para especialistas sobre práticas que contribuem para a melhor qualidade de vida de quem padece da doença. Também serão disponibilizados testes respiratórios, experiências sensoriais, atendimento de fisioterapia respiratória e motora, assessoria jurídica, psicológica e nutricional, além de terapia ocupacional e assistência social.
Numa segunda fase do “Vamos! Vivendo com ELA”, o Instituto Gotijo realizará seis meses de monitoramento dos pacientes identificados durante as ações.
ELA
A esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como ELA, é uma doença neurodegenerativa que acomete os neurônios motores, gerando um quadro de fraqueza muscular progressiva até a morte do doente. A causa não é totalmente esclarecida ainda.
Embora a ELA seja considerada uma doença de incidência rara – cerca de cinco casos para cada 100 mil pessoas ao ano –, traz grande repercussão pessoal e socioeconômica para o indivíduo e para a sociedade. Os principais sintomas da ELA são: fraqueza muscular, cãibras nos membros, fenômenos musculares espontâneos (fasciculações) por todo o corpo, enrijecimento (espasticidade) dos membros, alterações de voz (disfonia), de fala (disartria) e de mastigação/ deglutição (disfagia).
Segundo o Ministério da Saúde, a ELA é uma das principais doenças degenerativas, ao lado de Parkinson e Alzheimer, sendo mais prevalente nos pacientes entre 55 e 75 anos. Estima-se que, no Brasil, 12 mil pessoas sofram da doença.
Philips Foundation
A Fundação Philips tem a missão de reduzir a desigualdade na saúde, fornecendo acesso a cuidados e tratamentos de qualidade para comunidades desfavorecidas ao redor do mundo. A entidade estabelece parceria com organizações humanitárias e empreendedores sociais, além de dispor de soluções significativas para atenuar o desequilíbrio no acesso à assistência médica. A Philips Foundation já apoiou mais de cem projetos em todo o mundo.
Instituto Paulo Gontijo (IPG)
O Instituto Paulo Gontijo (IPG) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), referência em conhecimento, pesquisa e atendimento sobre a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e membro da Associação Internacional de Doenças Motoras (MND Association). Sua missão é disseminar informações e desenvolver ações para melhorar a qualidade de vida do paciente, qualificar a rede de atendimento multidisciplinar e congregar investimentos para a busca da cura da doença.
O IPG foi idealizado em 1999, após o físico e engenheiro civil Paulo Gontijo ter sido diagnosticado como paciente de ELA. Gontijo buscou incansavelmente a causa e a cura da doença e projetou os primeiros passos de como seria o instituto e qual deveria ser sua contribuição em prol da ciência. Em 2005, três anos após seu falecimento, a família fundou o IPG (www.ipg.org.br).