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Campinas, Coimbra, Aracaju e OMS trocam experiências sobre a Covid-19

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, participou nesta quarta-feira, 6 de maio, de uma videoconferência com os prefeitos de Coimbra (Portugal), Manuel Machado; e de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira; além da diretora de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, Maria Neira. Na pauta, o debate sobre as ações de combate ao coronavírus. 

 

 

 

O encontro foi promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual Jonas Donizette é o presidente. Esta é a quarta reunião com governantes de outros países promovida pela entidade. As três primeiras foram realizadas com prefeitos da Itália, Argentina e Turquia. 

 

 

 

O prefeito de Campinas e presidente da Frente conduziu o debate, que tratou das ações de cada cidade e também como está sendo feita a flexibilização da quarentena no país europeu. “Em Campinas, começamos a quarentena uma semana antes do Estado. Hoje, temos uma boa notícia, nos números que vou divulgar não há nenhum óbito novo”, disse. “Desenvolvemos, na cidade, um plano de flexibilização em três etapas, elaborado pelas equipes de Vigilância. Temos discutido com o Estado que as regras de flexibilização levem em conta a realidade de cada região”, explicou.

 

 

 

 

Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju, narrou a situação da capital sergipana, que tem visto os números crescerem nas últimas semanas. “Tomamos todas as medidas de isolamento, inclusive com fechamento dos espaços públicos, mas neste momento, temos observado o número de casos dobrarem a cada dois dias”, disse. Ele elogiou a experiência portuguesa. “Portugal tem sido um exemplo para nós”, completou.

 

 

 

Segundo dados oficiais, Portugal registrou, até 4 de maio, 25,5 mil casos e 1.063 mortes, um dos menores índices da doença na Europa. 

 

 

 

 

O prefeito Manuel Machado explicou que as regras de isolamento em Portugal foram definidas com a participação das diferentes esferas de governo (federal, estaduais e municipais), poderes legislativo e judiciário, cientistas, universidades e empresários e que a retomada está sendo feita da mesma maneira. “Em Portugal, todos se manifestaram no sentido de que a pandemia afeta a humanidade e que ninguém tem a solução. É preciso poupar vidas e proteger as pessoas”, disse. “Temos trabalhado para garantir que ninguém corra o risco de morrer de fome ou fique sem assistência médica e medicamentos”. 

 

 

 

 

Para a representante da Organização Mundial da Saúde, Maria Neira, cada país precisa fazer a sua avaliação epidemiológica e a gestão da crise gerada pela pandemia. “A retomada deve ser feita por fases e cada cidade vai definir em que fase está, a partir da sua situação e dos seus dados epidemiológicos. Tem que levar em consideração a densidade populacional, a disciplina das pessoas e também a situação dos hospitais”, explicou. Ela encerrou sua participação com a mensagem da importância de uma ação simples, mas essencial para a prevenção. “Lavar as mãos é o que mais funciona. É uma medida básica, mas temos que continuar reforçando”, finalizou.

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