A delegação de Campinas participou de mais um evento na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) nesta quarta-feira, 12 de novembro, em Belém (PA). No painel “Diálogos sobre Florestas, Água e Clima”, realizado dentro do auditório flutuante do barco Banzeiro da Esperança, as representantes do município abordaram como soluções urbanas e metropolitanas são vitais para o equilíbrio climático.
Se revezaram no palco a assessora técnica da Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas) e Doutora em Ciências, Ângela Guirao, e a advogada Andrea Struchel, também assessora da Seclimas e secretária da Comissão do Clima da OAB/SP.
O encontro discutiu as conexões entre saneamento, preservação e regeneração das florestas, além da sociobiodiversidade e do valor da floresta em pé. Com a presença de José Carlos Carvalho (ex-ministro do Meio Ambiente), Rachel Sampaio (diretora de sustentabilidade da Sabesp), Valcléia Lima (superintendente geral-adjunta da FAZ) e Mario Mantovani (ex-diretor do SOS Mata Atlântica e Fundação Florestal), sob moderação de Francisco Rochadel, o painel convidou o público a refletir sobre como florestas, água e clima se integram em uma agenda única para o futuro do planeta.
Reconecta RMC
Ângela Guirao detalhou a complexa operação do Programa Reconecta RMC, uma resposta concreta aos desafios de uma região metropolitana. “Com apenas 11% de remanescentes florestais fragmentados, unimos 20 municípios em um pacto. Atuamos em múltiplas frentes: desde a arborização urbana e a construção de passagens de fauna para espécies como a onça-parda, até instrumentos econômicos como o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais. Esse é um trbalho em que, além de olharmos como trazer de volta a biodiversidade para uma região metropolitana, também procuramos capacitar e fortalecer os órgãos públicos municipais”, explicou.
Justiça Climática
Já a advogada Andrea Struchel abordou a ligação entre justiça climática e equidade de gênero. “É fundamental incluir as mulheres nas esferas de decisão das políticas climáticas, pois essas escolhas refletem diretamente em seus direitos sociais e na construção de uma sociedade mais justa”, afirmou a assessora, defendendo que a governança climática eficaz requer diversidade e representatividade.
